segunda-feira, 26 de abril de 2010

Através do espelho

Estava eu, divagando sobre os últimos acontecimentos e os meus sentimentos em relação aos mesmos...
Primeiro, analisei profundamente o dito de Nietzsche que diz:
"Nos apaixonamos mais pelo desejo do que pelo objeto desejado"
Talvez isto reflita aquela sensação que temos ao conseguir algo que parecia impossível e depois de conquistado, já perdia sua relevância e nos nossos desejos, já havia algo além para ser conquistado. Mas quando o objeto desejado ainda continua apenas nos desesjos, sentimos uma perda, é algo frustrante e que parece tornar o objeto mais desejado ainda.
Resumindo: O que nos atrai são as circunstâncias que nos levam ao objeto desejado.. e não propriamente, o objeto. Ou seja, por isso a mulherada gosta dos cafajestes!

Segundo: Eu acredito que projetamos no outro, algo que gostaríamos para nós! A ilusão muitas vezes é causada por nós mesmos. Então, nos apaixonamos por alguém que não existe, alguém que acreditamos ser mas que na verdade não o é. E quando a pessoa mostra o outro lado do espelho, fica fácil entender porque o relacionamento não deu certo e sair sem nenhum sentimento a não ser o de pesar pelo engano e pelo desencanto. E até, através deste pressuposto, tentamos fazer com que o outro siga os nossos manuais... Ou seja, amamos as pessoas pelo que achamos que elas sejam e não pelo que elas realmente são!

Terceiro: Uma conhecida usava uma frase no MSN que dizia assim: "Os dispostos se atraem e os opostos se distraem". Achei uma ótima frase e consegui correlacionar com o fato de as pessoas julgarem as outras, o porque e como o fazem.. Leia esta frase fantástica, encontrei ela hoje, depois de refletir sobre estes três tópicos:
"Para a mente obtusa, toda natureza é sombria. Para a mente iluminada, o mundo inteiro arde e faísca como luz." Ralph W Emerson
Ou seja, duas pessoas dispostas e com valores semelhantes, certamente terão uma sintonia e irão se atrair, desenvolverão algum sentimento afetuoso, ceteris paribus e manterão esta relação com confiança, identidade e reciprocidade. Entretanto, quando o casal mostra uma diferença de valores muito grande, projeta-se a própria imagem no outro, de forma inconsciente, julgando-o pelo que outro não o é, mas pelo medo de ser o que você é! Talvez eu não esteja me expressando de forma correta. Usemos um exemplo bem fácil: Um homem que traí a parceira, vê nela, uma possibilidade de traição também, por isso diz-se que os mais ciumentos são os que mais traem! Aquele defeito ou julgamento que fazemos de qualquer outra pessoa, muitas vezes é exatamente aquilo que somos, mas não admitimos ou se quer revelamos. É muito fácil um criminoso achar que todo mundo é criminoso. Uma mulher sonhadora e apaixonada acredita piamente que todas as pessoas possam amá-la assim como ela ama... E assim por diante!

Estas três descobertas me fizeram ver o relacionamento amoroso de uma forma mais tranquila, serena e consciente.
Aprendendo e entendendo estes três pressupostos, fica fácil ver que aquela pessoa que julgamos amar infinitamente, na verdade, é uma projeção do que somos e do que gostaríamos que fosse e quando percebemos quem realmente a pessoa é, vimos que não deu certo por ela projetou em você o que ela é, valores e personalidades diferentes não combinam! Definitivamente...

Por isso, vão atrás de pessoas dispostas e que tenham valores como os seus! A probabilidade de sucesso é maior, ou pelo menos, o sentimento e a consciência disto, garanto, é muito melhor do que ficar sofrendo por alguém que não gosta de você e que no fundo, não é aquilo que você sonhou pra ter ao teu lado.

2 comentários:

  1. pois éeee...
    nem preciso falar q assino embaixo né!!!
    kkkkkk
    adoreiii amada!!!
    bjoss!!!

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  2. As maiores desilusões são das pessoas que a gente mais confia. Sei como é isto. Mas a vida tem que ser levada adiante. Mário Quintana dizia que "Nada jamais continua,Tudo vai recomeçar!" Talvez, quando achares alguém que valha à pena um recomeço, tenhas aí a oportunidade de recomeçar continuamente. A cada dia um recomeço, a cada momento uns instante único para se cultivar os valores que tanto prezas. Talvez tenhamos que ser mais como Janus, o Deus Romano que deu origem ao mês de Janeiro. Uma face voltada para o passado e outra para o futuro. Mas é melhor a dor da desilusão, do que o vazio da duvida...Bjo! Bom findi.

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